Da adaptação à transconstrução: antropofa*gia como uma metodologia translocal (2024)

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Acta Scientiarum. Language and Culture

Da adaptação à transconstrução: antropofa*gia como uma metodologia translocal

Marcel Alvaro de Amorim

Neste texto, proponho o conceito de Antropofa*gia Cultural (Andrade, 2011) – originalmente uma prática dos povos indígenas brasileiros e que, posteriormente, foi incorporada pelo pensamento literário modernista – como um arcabouço teórico-procedimental, um horizonte de leitura, para a compreensão da relação dialógica entre diferentes mídias, textos e culturas. Com efeito, proponho um repensar do diálogo entre as mídias como um processo violento de Devoração transcultural (Amorim, 2016) e, por consequência, da própria ideia de adaptação enquanto uma prática de Transconstrução. Para tanto, esse artigo se baseia no enquadramento teórico favorecido pelas teorias dialógicas e intertextuais da adaptação e no conceito brasileiro modernista de uma Antropofa*gia Cultural.

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História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography

[ARTIGO] Antropofa*gia em dois tempos: inverter a história, tensionar o presente

2020 •

História da Historiografia Journal, Henrique Gaio, Mauro Franco Neto

Neste artigo buscamos desdobrar um exercício de aproximação entre as obras de Oswald de Andrade e Haroldo de Campos por meio da incorporação e compartilhamento de certo gesto antropofágico frente à história. Interessa-nos, particularmente, analisar como os dois autores mobilizavam extratos de historicidade para cumprir o objetivo de um tensionamento da história e da temporalidade. Para tanto, recorremos a ensaios e textos críticos dos dois escritores, analisando como no interior de seus projetos “historiográficos” – seja na errática oswaldiana ou no paideuma haroldiano - a história é investida de uma potência reflexiva e disruptiva para o presente. Desse modo, o horizonte de uma historiografia antropofágica parece possibilitar a emergência de passados silenciados e uma espécie de rearranjo sincrônico, tanto retrospectivo quanto utópico.

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2020 •

Mauro Franco Neto, Henrique Gaio

Neste artigo buscamos desdobrar um exercício de aproximação entre as obras de Oswald de Andrade e Haroldo de Campos por meio da incorporação e compartilhamento de certo gesto antropofágico frente à história. Interessa-nos, particularmente, analisar como os dois autores mobilizavam extratos de historicidade para cumprir o objetivo de um tensionamento da história e da temporalidade. Para tanto, recorremos a ensaios e textos críticos dos dois escritores, analisando como no interior de seus projetos "historiográficos"-seja na errática oswaldiana ou no paideuma haroldiano-a história é investida de uma potência reflexiva e disruptiva para o presente. Desse modo, o horizonte de uma historiografia antropofágica parece possibilitar a emergência de passados silenciados e uma espécie de rearranjo sincrônico, tanto retrospectivo quanto utópico. ABSTRACT In this article we claim an exercise of approaching the works of Oswald de Andrade and Haroldo de Campos, through the incorporation and sharing of a certain anthropophagic gesture related to history. We are particularly interested in analyzing how the two authors mobilized extracts of historicity to accomplish the tension in history and in temporality. To do so, we use essays and critical texts of the two writers, analyzing how within their "historiographic" projects-either in the erratic oswaldiana or paideuma haroldiano-history is invested with a reflexive and disruptive potential for the present. In this way, the horizon of anthropophagic historiography seems to allow the emergence of silenced pasts and a kind of synchronous rearrangement, both retrospective and utopian.

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A Mais Alegre Das Destruições: A Antropofa*gia, Seu Contexto e Seus Embates

Uriel NASCIMENTO

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GEOgraphia

Transterritorialidade e antropofa*gia: territorialidades de trânsito numa perspectiva brasileiro-latino-americana

2011 •

Rogerio Haesbaert

Num mundo globalizado como o nosso a construção identitária e territorial se torna cada vez mais complexa, mesclando multiplicidade territorial, transculturação e hibridismo com fechamentos culturais “essencializadores”. Os processos de territorialização marcados pela multiterritorialidade podem ser associados, no caso latino-americano e, especialmente, brasileiro, àquilo que propomos denominar de uma transterritorialidade “antropofágica", capaz de assimilar e transformar a territorialidade do Outro. Todos esses processos têm profundas implicações políticas, não se tratando, a priori, de uma “boa” abertura ou de um “mau” fechamento cultural e territorial.

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Revista Scientiarum Historia

Antropofa*gias tecnocientíficas: devorando algumas ideias

2019 •

Eduardo Nazareth Paiva

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Sociologia & Antropologia

O “Original” e a “Cópia” Na Antropofa*gia

Bernardo Ricupero

Resumo O artigo avalia até que ponto a Antropofa*gia inova ao lidar com a importação de ideias no Brasil. Analisa, para tanto, como o projeto ideológico de Oswald de Andrade é elaborado entre 1924 e 1928 no Manifesto da Poesia Pau-Brasil e no Manifesto Antropófa*go. Confronta as formulações do escritor, a partir daí, com a crítica da época, que enfatizava a pretensa inspiração europeia de seu programa. Em termos mais específicos, busca, por meio da Revista de Antropofa*gia, entender os rumos e significados que o movimento assume até 1929. Em cada um desses momentos presta atenção especialmente na interlocução dos antropófa*gos com outros intelectuais da época. Ou seja, procura basicamente entender a Antropofa*gia em seu contexto, com o objetivo de verificar, em termos deliberadamente anacrônicos, até que ponto ela pode transcender seu ambiente, confrontando-a de modo especial com as recentes formulações pós-coloniais.

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Menos Muros e mais pontes: a antropologia como espaço privilegiado de transdisciplinaridade

Camille Mello

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Língua-lugar : Literatura, História, Estudos Culturais

Resenha: Antropofa*gias: um livro manifesto! (2021)

Danilo Bueno

Imaginado a partir da jornada de estudos ocorrida na Universidade de Zurique em 2018: Antropofa*gias: um livro manifesto! Práticas da devoração a partir de Oswald de Andrade (Peter Lang, 2021) editado por Pauline Bachman, Dayron Carillo-Morell, André Masseno e Eduardo Jorge de Oliveira, aprofunda a discussão acerca da antropofa*gia próximo ao centenário da Semana de Arte Moderna (1922) – marco simbólico da produção modernista –, bem como do próprio Manifesto Antropófa*go (1928), ainda muito latente (poderia ter escrito experimental) na cultura brasileira, como rea!irmam as heterócl*tas abordagens presentes no volume, ao mostrarem que o conhecimento da obra de Oswald de Andrade é central para a compreensão da cultura brasileira do século XX e para a reconfiguração interpretativa do passado colonial, bem como, e isso talvez seja o mais instigante, para as !icções da arte da futura.

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POIESIS

Design-antropofa*gia: só me interessa o que não é meu

Barbara szaniecki

Em 1929 era lançada a primeira edição da Revista de Antropofa*gia afirmando que “a antropofa*gia não tem orientação ou qualquer forma de pensamento: só tem estômago.” A proposta segue de extrema atualidade. Neste artigo serão aproximadas a Antropofa*gia de Oswald de Andrade e uma arte-ciência nômade inspirada em Deleuze e Guattari que vem sendo experimentada no Laboratório de Design e Antropologia da Esdi/UERJ. Como o trajeto é longo, faremos três paradas: a primeira para debater os emaranhamentos universidade-sociedade, a segunda para observar a constituição de um design em campo e entre campos na cidade e a terceira para se aproximar de um design-devir com outros. Ao final do percurso pretendemos apresentar algumas armadilhas de um multiculturalismo que se afasta da multiplicidade.

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Author: Roderick King

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Name: Roderick King

Birthday: 1997-10-09

Address: 3782 Madge Knoll, East Dudley, MA 63913

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Job: Customer Sales Coordinator

Hobby: Gunsmithing, Embroidery, Parkour, Kitesurfing, Rock climbing, Sand art, Beekeeping

Introduction: My name is Roderick King, I am a cute, splendid, excited, perfect, gentle, funny, vivacious person who loves writing and wants to share my knowledge and understanding with you.